É perigoso para os cristãos terem amizade profunda com incrédulos?
Existe um ditado popular que diz:
“diga-me com quem andas, e te direi quem és”. Antes de associar-se a
alguém e ter amizade com essa pessoa, procure observar como ela se
comporta sozinha e em grupo, como ela fala, do que gosta, como age
quando está sob pressão. Mesmo que se diga cristã, avalie se ela observa
ou não a Palavra de Deus, se tem temor a Ele.
De maneira alguma estou fazendo apologia
ao isolamento total ou à inimizade com os que não professam a mesma fé
que nós. Não somos do mundo, mas vivemos nele. Trabalhamos e estudamos
com pessoas que não conhecem os preceitos bíblicos. Devemos falar e
testemunhar do amor de Jesus a elas! Todavia, conviver é uma coisa;
estabelecer uma amizade profunda, outra, porque amizade implica comunhão
de ideias e práticas.
O apóstolo Paulo advertiu: Não vos
enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes (1 Coríntios
15.33). Por que ele disse isso? Porque o ser humano é um ser social. Seu
comportamento é influenciado por aquilo que ele vê, ouve, admira. As
pessoas com quem andamos, conversamos e a quem abrimos nosso coração
exercem uma forte influência sobre nós. Se não tiverem compromisso com
Deus, vão falar de coisas vãs ou más; coisas que ofendem a santidade do
Senhor e que, com o tempo, corromperão os costumes cristãos que
adquirimos em nossa convivência com nossa família e/ou a Igreja.
Quando o cristão fica mais exposto aos
valores mundanos do que à Palavra e à presença de Deus, com o tempo
acaba esfriando na fé, adquirindo os mesmos hábitos que os incrédulos,
frequentando os mesmos lugares que estes, adotando o mesmo vestuário e
falando da mesma maneira, sobre os mesmos assuntos, segundo os mesmos
pontos de vista.
Normalmente, quando chega a esse ponto,
significa que o cristão já perdeu a sensibilidade quanto aos malefícios
que aquela influência mundana pode representar em sua vida; já se
submete tranquilamente ao aconselhamento daqueles que não têm qualquer
comunhão com Deus, em vez de ouvir a orientação do Espírito Santo.
Perdeu o referencial certo, Jesus, e sucumbiu à degradação moral e
espiritual.
Por tudo isso, afirmamos que o cristão
não deve ter amizade íntima, profunda, com os incrédulos, para não ter
sua comunhão com Deus rompida. O contato com eles deve restringir- se à
convivência social, profissional, e com o intuito de apontar a salvação
em Cristo Jesus.
O cristão pode e deve ouvir, orientar e
ajudar quem não é cristão, representando Jesus para essa pessoa, pois
foi chamado para ser sal da terra e luz do mundo. Contudo, não deve
aconselhar-se com quem não tem os mesmos valores e estilo de vida que
ele, especialmente com quem pratica a iniquidade e tem uma vida
contrária à Palavra de Deus. Antes, deve aprofundar sua comunhão com a
Igreja, mantendo um maior relacionamento com os irmãos em Cristo,
ajudando um ao outro e sendo alimentados com a Palavra. E ao
relacionar-se com os ímpios, o cristão deve ter sempre em mente o
objetivo de demonstrar e pregar o amor de Deus, para que eles também
conheçam o evangelho e possam cooperar com Cristo para a salvação de sua
alma.
SUGESTÕES DE LEITURA:
Salmo 1; Jeremias 15.17; Gálatas 1.10; 2 Timóteo 3.1-9; Tiago 4.4; 1 João 2.15,16(Fonte:VERDADE GOSPEL)
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